Afinal a cidade de Petrópolis, localizada na região serrana do Rio de Janeiro, registrou a maior quantidade de chuva da história em 24 horas.
Anúncios
Foram armazenados 534,4 mm de água no índice pluviométrico.
No bairro de São Sebastião, por exemplo, foram 415 milímetros nas primeiras dez horas deste domingo (20).
Os números foram superiores aos registados pela catástrofe de 15 de fevereiro, com um dia de chuva a superar as expectativas durante um mês inteiro.
Nesse caso, foram 260 milímetros em 24 horas, 250 milímetros em três horas.
Anúncios
No entanto, a tempestade deixou 233 mortos e quatro desaparecidos.
Nesta segunda-feira (21), Petrópolis continua indicando alto risco de deslizamentos no primeiro bairro e há previsão de chuva moderada até hoje terça-feira (22).
A Secretaria de Defesa Civil emitiu dois alertas adicionais por SMS para residentes em áreas propensas a desastres.
Cinco pessoas morreram e quatro estavam desaparecidas, mas uma sobreviveu às chuvas de domingo.
Até o momento, foram registrados 365 acidentes, dos quais 250 foram causados por deslizamentos de terras em casas ou estradas em 19 localidades.
Afinal a cidade tem mais de 1.000 pessoas em abrigos, 298 das quais ficaram desabrigadas no desastre de fevereiro, e outras 839 foram transferidas para abrigos no domingo.
O porta-voz do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro e da Defesa Civil do Estado, Major Fabio Contreras, disse que desde fevereiro as equipes continuaram a vasculhar a cidade em busca de quatro vítimas da primeira onda.
Afinal agora a corporação procura mais três moradores que desapareceram devido às chuvas sem precedentes na cidade.
Duas pessoas perderam a vida na Costa Verde este domingo devido a uma tempestade.
Uma grande chuva
Afinal a maior quantidade de chuva registrada em Angra dos Reis foi a maior em 61 anos: 232,8 milímetros nas últimas 24 horas, segundo o Instituto Meteorológico Nacional (INMET).
O valor está acima da média de 206 mm prevista para todo o mês de março.
Os bombeiros e a defesa civil responderam às ocorrências para salvar pessoas em áreas com alagamentos e queda de árvores. Em Angra dos Reis, a previsão para terça-feira (22) é de chuva o dia todo.
Entre sábado (18) e domingo (19), a chuva que caiu no litoral norte de São Paulo foi a maior em 24 horas da história do país, segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (SEMEDEN) e o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
Tomando decisões na chuva
O Cemaden instalou a maior parte dos pluviômetros da rede de monitoramento do país em 2013. O aparelho verifica a quantidade de chuva.
Sendo assim o valor que caiu em Bertioga foi de 683 milímetros acumulados na temporada, o maior recorde do sistema até o momento.
Sendo assim na tragédia de Petrópolis, em 2022, foram registrados 534,4 milímetros. Desde 1991, o recorde do Inmet na cidade de Florianópolis é de 404,8 mm em 24 horas.
Para cada milímetro de chuva, a quantidade equivale a um litro de água derramado em 1 metro quadrado.
Entre os motivos que ajudam a explicar o barulho alto estão as montanhas da Serra do Mar e a frente fria vinda do mar.
Até as 13h, 44 pessoas morreram nas chuvas mais fortes da região (43 em São Sebastião e uma em Ubatuba).
Como resultado, foi declarado estado de emergência em seis cidades e um dia oficial de luto foi prorrogado por três dias.
São 1.730 moradores de rua e 766 moradores de rua em todo o estado de São Paulo.
Em Bertioga foram registrados alagamentos, queda de árvores e barreiras e falta de energia elétrica.
Afinal a rodovia Rio-Santos está fechada.
Conclusão
Esse triste relato foi citado em nota divulgada pelo governo de São Paulo nesta segunda-feira (20).
“São Sebastião foi um dos municípios mais afetados neste longo carnaval, com deslizamentos de terra, alagamentos e áreas isoladas bloqueando vias de acesso.
O número de mortos já superou a tragédia de Franco da Rocha em 2022, que matou 18 pessoas em 24 horas.
O meteorologista da Semaden, Giovanni Doliffe, diz que as chuvas durante o carnaval da região foram incomuns.
“Isso não é normal, até porque não vemos esse dano todos os dias, nem todos os anos.
Tivemos isso em Santos em 2020”, disse, referindo-se à tragédia que causou a morte de 45 pessoas.
Em 24 horas daquele ano, segundo dados da Semaden, caíram 320 mm de chuva em Guruja.
O valor ficou acima da média de 263 mm estimada em março.
Além disso, Marcelo Cellucci, meteorologista e Coordenador Geral de Operações e Modelagem da Semedon, destaca que a maior parte do ruído cai em 12 horas, e não em 24 horas.
A meteorologista do INMET, Mamede Louise Melo, disse que as estações do instituto na região registram atualmente cerca de 200 milímetros de chuva, menos que a Semaden.
“Com base nos danos que vimos, é certo que uma certa quantidade pode acontecer”, pondera.
Fonte de informação: g1.globo.com