A Anatel está lançando a rede 5G em outras sete capitais brasileiras a partir de segunda-feira, são elas: Aracaju, Boa Vista, Campo Grande, Cuiabá, Maceió, São Luís e Teresina.
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Primeiramente, a decisão foi anunciada na quarta-feira pelo grupo de autoridades responsável por abrir caminho para o funcionamento da internet móvel de quinta geração.
O contrato prevê que as operadoras Claro, TIM e Vivo terão até 27 de novembro para instalar um número mínimo de estações nessas cidades, oito em Aracaju, cinco em Boa Vista, 11 em Campo Grande, oito em Cuiabá, 13 em Maceió, 14 em São Luís e 11 em Teresina.
No início do mês, a rede 5G pura decorreu o lançamento nas capitais nordestinas de Fortaleza, Natal e Recife.
Até o momento, as cinco capitais que ainda não ativaram a Internet 5G estão localizadas na região norte do país, são elas: Belém (PA), Macapá (AP), Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC).
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A diretoria da Anatel decidiu que a tecnologia deve ser implantada em todas as capitais até 28 de outubro, o mais tardar.
A partir desta data, as operadoras de telecomunicações têm mais 30 dias para ativar o sinal.
Refira-se que nas capitais onde a rede já está ativada, a ligação 5G só está disponível para dispositivos compatíveis.
O que é 5G?
5G é o nome da rede móvel de quinta geração através da qual smartphones e outros dispositivos inteligentes terão acesso à Internet e poderão se comunicar entre si.
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A tecnologia estreou e prometia entregar velocidades de transferência de dados entre 10 Gbps e 20 Gbps (10 a 100 vezes mais rápido que 4G) aproveitando melhor as bandas de ondas de rádio no espectro de ondas eletromagnéticas – um tipo de onda também usado pelo Wi-Fi , Bluetooth e TV aberta.
Ao contrário das gerações anteriores, o 5G opera em frequências muito altas, o que significa que emite várias ondas por segundo.
As frequências mais comuns usadas em diferentes regiões do mundo incluem 3,5 GHz e 26 GHz.
Para efeito de comparação, as bandas de frequência mais altas em 4G funcionam em torno de 700 MHz, o que corresponde a 0,7 GHz.
Quanto mais ondas, mais informações estarão enviadas no mesmo período, mas há uma consequência:
o comprimento dessas ondas diminui, o que dificulta a passagem por objetos muito espessos.
Isso cria um dos desafios da nova rede móvel, já que o sinal pode ser bloqueado mesmo quando uma pessoa é colocada na frente de uma das antenas.
Obstáculos à parte, o 5G visa atingir alguns objetivos importantes e destaca três deles:
Velocidades de dados significativamente mais rápidas:
as redes 4G podem atingir velocidades máximas de download de 1 gigabit por segundo (Gbps) – embora isso raramente aconteça na prática.
Com 5G, essa velocidade aumentaria para 10 Gbps ou mais.
Latência ultrabaixa
Nesse caso, “latência” refere-se ao tempo que um dispositivo leva para enviar dados para outro dispositivo.
Atualmente, o 4G tem uma latência de cerca de 50 milissegundos, mas o 5G quer reduzi-la para cerca de um milissegundo.
Isso será especialmente importante para aplicações industriais e carros autônomos.
Um mundo mais conectado: a Internet das Coisas crescerá exponencialmente nos próximos 10 anos e exigirá uma rede capaz de suportar bilhões de dispositivos conectados.
Portanto, parte do objetivo do 5G é fornecer capacidade e alocar largura de banda para atender às necessidades de aplicativos e usuários.
Principais inovações 5G
Para contextualizar melhor a diferença de velocidades entre 5G e 4G, é possível usar um exemplo básico do dia a dia: baixar filmes.
Segundo a Huawei, uma das maiores empresas envolvidas na infraestrutura de rede de quinta geração, o 5G permitirá baixar um filme HD de 8 GB em apenas seis segundos.
Enquanto o mesmo procedimento levaria sete minutos para ser concluído em uma rede 4G e menos de uma hora em uma rede 3G.
Enfim, dito isto, o 5G “apenas” supera as supervelocidades de dados em dispositivos móveis.
Também abre as portas para uma variedade de aplicações tanto na indústria quanto para consumidores comuns.
Um exemplo citado pela Nokia, outra das gigantes envolvidas no desenvolvimento da tecnologia, ilustra bem a inovação que esse tipo de tecnologia pode trazer.
Em um cenário em que o usuário está dirigindo um carro autônomo e sem motorista e ocorre um acidente na estrada sem o seu conhecimento, os sensores conectados ao 5G colocados ao longo da estrada podem transmitir imediatamente as informações para o veículo – onde a baixa latência é crucial – pois a reação diminuiria a tempo de evitar outro acidente.
* Fonte da Informação: cbncuritiba.com.br/materias/todas-as-capitais-brasileiras-devem-oferecer-o-5g-ate-o-dia-29-de-setembro-segundo-a-anatel/